sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mimese Corpórea em Processo


  O projeto em questão tem como objetivo trabalhar com matrizes do Maracatu Rural que servirão como ponto de partida para recriação de ações físicas e vocais, estabelecendo um diálogo com a Técnica da Mimese Corpórea, sistematizada pelo Lume, Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp.  Tanto o treinamento pré-expressivo, quanto a aplicação da técnica propriamente dita - que envolve fisicidade, codificação e teatralização – serão empregados no processo de recriação da corporeidade percebida no cotidiano, numa tentativa de estudar “diferentes estados” de um corpo vivo, em ação no mundo. Por corporeidade, entende-se o uso particular ou específico que se faz do corpo, a maneira como ele age e faz, a dinâmica e o ritmo de suas ações físicas e vocais, ou seja, como ele intervém no espaço e no tempo. Por isso a escolha por essa Técnica na tentativa de recriar a corporeidade do ator ou criar uma nova corporeidade entre o corpo do ator e o corpo estudado. Sem falar que esse método também toca em questões como “organicidade” e “fluxo da vida”, tão importantes para construção de personagens. O diferencial do Cravo do Canavial – Mimese Corpórea em Processo, está na matriz escolhida como ponto de partida – no caso, as do Popular, especificamente do Maracatu Rural – e em como ela será utilizada para fomentar o trabalho do ator. Diferenciador tanto pela abordagem que partirá das figuras – personagens - como pelo ritual e o jogo presentes na Brincadeira que irão fomentar a metodologia a ser aplicada em sala de ensaio, cujo inicio está previsto para setembro do corrente ano, envolvendo estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e atores de Natal. 

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